lynch, lispector, the marías & sinners
✧ páginas digitais #01: o mês de junho ✧
(esse título faz sentido? provavelmente não…)
A seção de Páginas Digitais foi criada para me conectar melhor com o (pequeno, mas valioso) público que acompanha minha newsletter. Aqui, vou compartilhar tudo o que consumi durante a semana — ou, neste primeiro caso, ao longo de todo o mês de junho —, desde livros, filmes e artigos até estudos e descobertas. Além disso, essa é uma forma de eu exercitar a escrita com mais frequência e garantir que o Digital Terrors não fique abandonado, cheio de teias de aranha e poeira. Afinal, desde que voltei a trabalhar, o tempo anda escasso, mas quero manter este espaço vivo e pulsante.
leituras // Graças às minhas férias, consegui fechar dois livros este mês! Pode não parecer muito, mas pra mim é uma vitória — entre trabalho, casa e os cuidados com a saúde, ler mais de um livro por mês já é um feito e tanto. As minhas escolhas foram A Hora da Estrela, da genial Clarice Lispector, e Ainda Estou Aqui, do Marcelo Rubens Paiva. Leituras que, cada uma à sua maneira, me deixaram pensativa sobre contextos históricos do Brasil. Vou escrever mais sobre isso no futuro.
O pessoal aqui do Substack mandou muito bem esse mês! Compartilhei vários textos incríveis e foi um período bem legal de interação, pois as férias me deram aquele gás extra para ler mais e trocar ideias com todo mundo. Destaque especial para esses que foram meus favoritos:
Quando viver é que é antinatural — The Coppolas por Camilla Melo
Não quero ser bonita, quero ser interessante — Escrita Amadora por bianca lais
How Fantasy Fuelled 60s Counterculture — Sitara's Garden por Sitara
#04 Garotas grandes choram? — Neurótica, eu? por Lara L.
Garota do banheiro — bad with words por R. Santos
A Hora da Estrela: Quando a Invisibilidade se torna protagonista — Catharsis & Café por Ester ☕︎
Às vésperas dos trinta — vida em itálico por Tatianne
Por uma ética da assombração — Palavra Cansada por Moacir Fio
música // Estou completamente viciada no novo álbum do The Marías. Sou fã da banda já a algum tempo e essa produção nova está MUITO boa. Só que preciso compartilhar minha indignação: acabei de descobrir que, na verdade, a banda não é formada por várias “Marias”... só a vocalista tem esse nome!! Tá enganadno o cliente???
Sei que a Addison Rae é a nova aposta do pop gen-Z e que devia estar imune a esse tipo de marketing... mas estou sendo totalmente enganada e influenciada. Eu simplesmente amei Headphones On e Money Is Everything e agora tô aqui, viciada nas batidas e me sentindo a protagonista de um coming-of-age da Netflix.
filmes & séries // Esse mês finalmente ataquei minha lista de filmes pendentes, e alguns estavam esperando há ANOS na minha watchlist.
Meus filmes favoritos desse mês foram:
☆ Pecadores (2025), dir. Ryan Coogler: arte pura! Visual deslumbrante, narrativa emocionante e trilha sonora impecável. A cena da dança transcende, onde a música evolui através das décadas até o futuro é pura magia cinematográfica.
☆ Nosferatu (2024), dir. Robert Eggers: obra-prima gótica. Cada quadro parece uma pintura macabra que ganha vida.
☆ A Vila (2004), dir. M. Night Shyamalan: aquele plot twist que na verdade a gente já espera, mas foi bem interessante. Adorei a caracterização dos “bichos”, a direção é ótima e o elenco impecável.
☆ The Haunting (1999), dir. Jan de Bont: terror psicológico dos bons. Catherine Zeta-Jones está deslumbrante nesse filme, eu queria todos os looks que ela usa. Sou muito fã de Assombração da Casa da Colina de Shirley Jackson, porém o filme não segue a risca a história do livro no terceiro ato. Apesar de não ser fiel à obra original, captura perfeitamente aquele espírito inquietante de ficar se perguntando: “tem fantasma ou não tem?”.
para finalizar // Em junho, comecei um curso de criatividade do David Lynch na MasterClass e é simplesmente incrível. Ele usa os sonhos como ferramenta criativa, e seus filmes têm exatamente essa atmosfera onírica. Minha meta para julho é mergulhar na filmografia dele.
Voltei a escrever um diário à mão (caderno e caneta), e está fazendo um bem imenso. Tenho registrado tudo da minha rotina e os meus pensamentos mais obscuros; descobri na escrita um refúgio. Há algo mágico em ter um caderno só seu, onde você sabe que ninguém mais vai ler: a criatividade aflora porque a gente se sente livre.
Já tive o hábito de escrever anos atrás, mas a faculdade e o início da carreira viraram um caos, e a prática se perdeu. Agora, resgatei essa rotina e está sendo uma experiência transformadora. Quem sabe um dia eu não escrevo sobre isso? Por enquanto, sigo explorando.
coisas que eu amei esse mês: stremio, frio, curso do david lynch, fazer cookies, ter comprado uma lava & seca para as roupas, ler carolina maria de jesus, planejar minha viagem para o rio de janeiro <3, segundo mês na minha casinha nova com o meu amor, cuidar das minhas cachorrinhas.
Como foi o mês de junho para vocês?
Espero que tenham gostado, um beijo,
Luiza <3
Mds a fotinha do cooper um querido ne amg